segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A VISÃO DO GAFANHOTO - Nm 13.1,17-33; 14.1-9.

1ª PARTE
Esse texto nos mostra um relato importante para a obra missionária hoje, dá indícios de que a evangelização do mundo é possivel, como era possível a conquista da Terra prometida por Israel. Mas alguns fatores complicantes, barraram os propósitos de Deus para Israel, são os mesmos impecilios que enfrentamos em nosso dias para a conquista do planeta terra.
Int.: Terra no conceito bíblico tem um significado muito importante: significa "patrimônio", é a realidade do relacionamento de Deus e Israel. Era imperativo para o povo de Israel conquistar a terra. No Éden, Deus ordenara a Adão e a Eva que enchessem a Terra. Com a desobediência, eles entregaram a herança da Terra para Satanás. Mas a ordem ainda é imperativa para todos aqueles que confessam Jesus como Salvador - "CONQUISTEM A TERRA". Os profetas chamaram a atenção do povo para que não perdessem de vista essa conquista.
Jesus também nos incita a conquistar a terra, quando ele chama seus discípulos e ordena: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura", Mc 16.15. Nada mais é que continuar conquistando a terra.
Como Igreja precisamos entender algumas coisas sobre essa conquista, senão vejamos:
1 - A VOCAÇÃO MISSIONÁRIA DA IGREJA
No texto que acabamos de ler, encontramos a seguinte ordem: "ENVIE HOMENS". Vocação é um chamado, uma convocação, implicando que não deveríamos fugir dos propósitos de Deus. Quando nós usamos de meios, artimanhas para não cumpri-los, corremos o risco de ver os nossos projetos pessoais e ministeriais também não prosperarem; O texto acima mostra isso. O povo de Israel tentou fugir dos planos de Deus, houve então um motim no meio deles, os que saíram do Egito não entraram na terra prometida, morreram no deserto, quem entrou foi uma nova geração, mais, quando chegaram para possuir a terra que manava leite e mel ela simplesmente estava ocupada por outras nações e até por gigantes, povo muito forte (Anaquins e Nefilins), que teriam que "desocupar o lugar".
A Igreja nesse ato de conquistar a terra, precisa entender que é preciso ir, lutar e guerrear...Mas, o que está acontecendo? preferimos o inverso, usamos dos melhores argumentos para justificar nossa posição de empatia e\ou covardia: Não tem dinheiro, fazer missão é muito caro, nossa moeda e fraca, tem muita gente aqui que ainda precisa ser salvo, etc... Quando isso acontece nos dispomos a sofrer as consequencias da nossa desobediência. Quantas Igreja hoje enfrentam graves problemas internos, como: divisão, escândalos, pecados morais, política sucessória familiar, frieza espiritual...
Todos sabemos e até concordamos que é preciso pregar o evangelho em tempo e fora de tempo, mas se formos fazer um levantamento dos atuais valores que se empregam no cumprimento dessa missão, ficaremos envergonhados...e é isso demonstra ou deixa claro o baixo nível do nosso amor pelas almas. Tem dinheiro pra tudo: Bons salários, aquisição e constução de bens de patrimônios móveis e imóveis, viagens, banquetes, festas, mais, para investir em evangelismo e missões...as vezes é o pouco que sobra, quando na verdade, deveria ser o principal investimento da Igreja. Onde está a nossa "VISÃO MISSIONÁRIA?".
Como poderemos enfrentar o crescimento alarmante das seitas e heresias como o Islamismo que investe pesado é a religião que mais cresce no mundo atualmente, ja existe uma projeção de que em 30 ou 40 anos toda a Europa será mussumana; como enfrentar o crescimento do budismo, do hinduísmo, já que as dificuldades financeiras são muitas, aliadas a longa distância, o difícil preparo do sempre escasso material humano, nas questões sócio-culturais, linguisticas...como poderemos enfrentar esses gigantes? É como se fôssemos "gafanhotos" diante de tão grandes desafios, nos sentimos pequenos e impotentes, mas precisamos ir.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A MÚSICA

Int.: A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração - Cl 3.16.

A música é a mais moral de todas as artes - (Aristóteles); A música é o bem maior dos mortais e tudo quanto do céu possuem eles na terra - (John Addison); A música exalta cada alegria, suaviza cada tristeza, expele enfermidades, abranda cada dor - (John Armstrong).

A música é uma arte celestial, cuja primeira manifestação de que temos notícia, ocorreu em comemoração à cosmogonia - (criação do mundo).
Num átimo, ao comando do Verbo Divino: "Fiat Lux", o tempo e o espaço inundaram-se da luz recém criada nas mais sublimes nuanças! Nesse instante, em meio ao relampaguear de irisados fulgores, irromperam as harmonias dos coros angelicais glorificando o Criador! Esse festival cósmico foto-sinfônico foi cantado no mais antigo livro da Bíblia, nesse versículo poético: Na manhã da criação, as estrelas cantavam em coro, e os servidores celestiais soltavam gritos de alegria - Jó 38.7 (BLH)
Também o nascimento de Jesus, o Redentor de toda a criação que se havia perdido, foi festejado com louvores angelicais: ...Uma multidão de outros anjos cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem - Lc 2.13,14.
A arte de combinar os sons surgiu na terra com Jubal, contemporâneo de Adão! Gn 4.21. A música era usada para comemorar vitórias - Ex 15.1-21, Jz 5; em festas - 2 Sm 19.35; em casamentos - Jr 7.34; e em sepultamentos - Mt 9.23. Muitas vezes a música era acompanhada de dança - Ex 15.20; 1 Sm 18.6,7; Mt 11.17.
Davi e Salomão muito contribuiram para o desenvolvimento da música coral e instrumental em Israel - 1 Cr 6.31-48; 16; 2 Cr 29.25. Usavam-se instrumentos de cordas: harpa, cítara, lira, saltério; de sopro: flauta, gaita, órgão, trombeta de metal ou chifre e de percussão: adulfe, címbalo, pandeiro, tambor, tamboril, tamborim.
O canto coral ou na forma uníssona, e a música instrumental, tinham seu lugar nos cultos e na vida religiosa do povo de Deus, tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento - 1 Cr 16.4-7, 37; Is 51.3; Mt 26.30; Ef 5.19; Cl 3.16.
A música sacra: teve o seu zênite na terra, a partir da renascença, com os compositores clássicos e depois, com os românticos. Suas obras imortais são inspirados em motivos bíblicos e, em textos ou fatos dos Evangelhos. Inúmeros oratórios, salmos, hinos, óperas e cantatas de Corelli, Vivaldi, Hydn, Praetorius, Beethovem, Mendelssohn, Lizt, Ipolitov Ivanov, Gunod, Haendel, etc.
Johann Sebastian Bach, apunha no cabeçalho de suas partituras, as letras JJ (Jesus Juvat = Jesus ajuda!) e o final, SDG (Soli Dei Gloriam = somente para a glória de Deus!). Talvez por isso é considerado até hoje pelos críticos, o mais perfeito compositor dentre todos os tempos.
A Igreja deve zelar por sua música! Os Ministros de Jesus devem preservar a dignidade, a reverência e a espiritualidade da adoração e dos louvores na casa do Senhor!
Quando são negligenciados o cântico congregacional e o tempo para a exposição da Palavra de Deus, o púlpito se transforma em "palco" e o culto em "show", a espiritualidade enfraquece, os milagres e as conversões desaparecem na tibieza das exibições de conjuntos e cantores contratados para um público, que mais procura se divertir do que adorar a Deus.
Não podemos e nem queremos condenar o uso de cadências populares com letras evangélicas entre o povo e culturas que adotam tais rítimos, preferencialmente nas campanhas evangélisticas, em praças públicas ou quaisquer outros lugares fora do templo. Entretanto, também não podemos nem queremos apoiar nos templos evangélicos, ritmos alucinantes que mais excitam a carne do que enlevam a alma.
Vivemos um tempo de crise! É necessário sabermos discernir entre o sacro-santo e o comercial até bonitinho, porém, totalmente descompromissado com Deus e com o seu princípio de adoração, também não queremos precisar nunca do "artista evangélico", mas, que já é muito comum em nossos dias, porque encontram "palco" e público. É necessário nós Ministros, sabermos o que queremos verdadeiramente na obra de Deus, e até onde pretendemos chegar com a Igreja de Jesus Cristo sob a nossa responsabilidade!
Deus nos abençoe.